domingo, 19 de fevereiro de 2012

“O CAMINHO DA PROSPERIDADE”:



“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Salmo 1.1).


Quem não quer ser bem-aventurado? Quem não quer ser próspero?
Bem-aventurado é o mesmo que ser feliz, alegre, contente, abençoado, vitorioso, próspero, bem sucedido; enfim, um justo.
Para ser um justo e bem-aventurado há, entretanto, condições a cumprir e princípios a obedecer. Há uma conduta a ser evitada: - aquela que conduz ao pecado e distancia da presença de Deus. Por outro lado, há uma atitude a ser preservada – o afastamento do pecado e a busca do prazer na lei do Senhor e meditação nela o dia inteiro. Quem faz isso prospera em todas as áreas de sua vida.
O justo é comparado a uma árvore frutífera, plantada junto às águas. Tem tudo para ser feliz e cumprir o seu propósito. Quando servi ao Exército Brasileiro, em 1983, participei de uma palestra sobre o tema sobrevivência na selva. Ainda me lembro do Oficial responsável pela instrução dizendo: “se você quiser saber onde há água em uma floresta, basta verificar onde a vegetação é mais verde e as árvores mais viçosas e encorpadas, pois onde há água existe vida abundante”.
Assim acontece com o justo, aquele que serve a Deus. Prospera em todas as áreas de sua vida.
O ímpio, entretanto, é comparado à moinha que o vento espalha. Deixe-me explicar o que é moinha: - meu avô morava na área de uma fazenda, localizada próximo à cidade de João Monlevade, Minas Gerais, onde nasci. Ele plantava milho, feijão, cana e outras coisas. Em minhas férias escolares, não havia alegria maior do que ir para a casa de meu saudoso avô Gustavo e acompanhá-lo na roça.
Quando ele fazia a colheita, o milho e o feijão eram armazenados no paiol e a cana ele levava para o engenho para moer. Depois, ele pegava o milho e o feijão, punha no terreiro e, de maneira bem artesanal, juntava toda a família para descascar o milho e pisar no feijão para retirar toda a casca. O fruto era guardado, mas o resto – a moinha, a casca da cana, a palha do milho e do feijão – era jogado fora ou era combustível para uma grande fogueira.
Moinha - é assim que o ímpio é comparado. Para nada serve, senão para ser jogado fora ou no fogo. Nada que faz ou o que venha a ser é aproveitado.
Queremos ser bem-aventurados? Estamos dispostos a obedecer as condições? Estamos prontos a nos submeter a Deus, sem murmurações ou reclamações?
Hoje em dia, as pessoas querem alcançar seus objetivos de três maneiras: - com um mínimo de esforço, com um mínimo de tempo e com o menor investimento possível. Quando se trata do relacionamento com Deus, essas pessoas pensam que também será assim, ou seja, querem ser abençoadas rapidamente e sem fazerem nada, pois para elas Deus tem a obrigação de fazê-las felizes; afinal, elas entregaram suas vidas a Ele!
Muitos querem comprar as bênçãos divinas, querendo negociar com Deus. Não querem servi-lo, mas querem se servir dele. Quando as coisas vão mal, ai meu Deus! Quando tudo está bem, adeus!
Devemos entender que a bem-aventurança é o resultado de uma caminhada com Deus, obedecendo-o e tendo íntima comunhão com ele. A prosperidade não pode ser a causa da nossa fé. Antes, é uma conseqüência ou o resultado do nosso caminhar ao lado de Deus.
Muitas pessoas pensam que só serão felizes quando tiverem uma casa, um carro, quando conquistarem o amor de alguém ou quando realizarem um determinado sonho. Enquanto isso não acontece vivem sem dignidade, sem alegria e com pouca auto-estima.
Aí é que está o erro. Não é a medalha que faz o campeão. É o campeão que conquista a medalha. Assim, temos que ser felizes antes, pois já somos mais do que vencedores. A prosperidade tem que ser para nós um estado de espírito. Assim todas as demais coisas virão naturalmente.
Estando nosso coração em coisas efêmeras e passageiras, quando elas acabarem estaremos vazios e perdidos. Portanto, ansiemos pelas coisas espirituais e eternas, e o nosso coração será guardado pelo Deus Todo-Poderoso, imutável e misericordioso.
Em Deus está a nossa fonte de prosperidade e de bênção. Precisamos obedecê-lo e ter prazer em sua palavra. Ele quer fazer de nós verdadeiros santos que, mesmo vivendo entre pecadores, não sejamos escravos do pecado; mesmo vivendo rodeados de miséria, não sejamos miseráveis; mesmo rodeados de corrupção e de impureza, sejamos incorruptíveis e puros.
Hoje, Deus quer mudar tua vida. Abra teu coração e lança-te nos braços dele. Os teus dias nunca mais serão os mesmos. E ele cumprirá em tua vida o que está escrito na Bíblia: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para aqueles que o amam” (1Co 2.9).
Decida o que você quer ser: árvore frutífera ou moinha? Bem-aventurado ou derrotado? Justo ou ímpio?
Reflita hoje:
- Com quem você tem andado? Teus amigos são amigos de verdade? A influência deles é boa ou pode te conduzir ao fracasso e à derrota?
- Você tem lido a Bíblia regularmente? Tem feito dela uma regra de fé e prática pata tua vida?
- Pense em três coisas que você precisa mudar em tua vida, que estão te impedindo de ser um bem-aventurado.
- Comece a mudança hoje. Você precisa; você pode; você vai conseguir. Em nome de Jesus.
Quando a prosperidade vem de Deus?...
Gn. 39:2-3 E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio. Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele e que tudo o que ele fazia o SENHOR prosperava em sua mão, Sl 37:25 Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão. 1 Cr 22:13 Então, prosperarás, se tiveres cuidado de fazer os estatutos e os juízos, que o SENHOR mandou a Moisés acerca de Israel; esforça-te, e tem bom ânimo, e não temas, nem tenhas pavor. Dt 29:9 Guardai, pois, as palavras deste concerto e cumpri-as para que prospereis em tudo quanto fizerdes.
Será que ser pobre é estar sob pecado e maldição?...
Mt 8:20 E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. Êx 23:11 mas, ao sétimo, a soltarás e deixarás descansar, para que possam comer os pobres do teu povo, e do sobejo comam os animais do campo. Assim farás com a tua vinha e com o teu olival. João 12:8 Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes. Lc 6:20 E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. 2 Co 6:10 como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo. Tg 2:5 Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? Rm 15:26 Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Ap 13:16 E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, Rm 8:1 Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.
Existe prosperidade que vem do maligno? ....
Sl 37:35 Vi o ímpio com grande poder espalhar-se como a árvore verde na terra natal. Sl 37:36 Mas passou e já não é; procurei-o, mas não se pôde encontrar. Sl 73:3 Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. Salmos 73:12 Eis que estes são ímpios; e, todavia, estão sempre em segurança, e se lhes aumentam as riquezas.
A pregação do evangelho em torno da prosperidade e bênçãos materiais será que está na visão correta orientada pelo Espírito Santo?...
“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. MT 6:19-21.
Mt Cap. 05 24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (25) Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? (26) Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? (27) Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? {ao curso da sua vida; ou à estatura} (28) E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. (29) Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. (30) Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? (31) Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? (32) Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; (33) buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (34) Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.
Por estas e outras passagens bíblicas temos as seguintes conclusões. Riquezas materiais nem sempre significa bênção de Deus, assim como pobreza material nem sempre significa estar em pecado ou sob maldição. Pois tudo na vida do Cristão segue desígnios do Senhor. Veja:
Romanos 8:28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Colossenses 4:11 e Jesus, conhecido por Justo, os quais são os únicos da circuncisão que cooperam pessoalmente comigo pelo reino de Deus. Eles têm sido o meu lenitivo.
FIDELIDADE NOS DÍZIMOS E OFERTAS:
A palavra hebraica para “dízimo” (ma’aser) significa literalmente “a décima parte”.
(1) Na Lei de Deus, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas (ver Lv 27.30-32; Nm 18.21,26; Dt 14.22-29; ver Lv 27.30). O dízimo era usado primariamente para cobrir as despesas do culto e o sustento dos sacerdotes. Deus considerava o seu povo responsável pelo manejo dos recursos que Ele lhes dera na terra prometida (cf. Mt 25.15 nota; Lc 19.13).
(2) No âmago do dízimo, achava-se a idéia de que Deus é o dono de tudo (Ex 19.5; Sl 24.1; 50.10-12; Ag 2.8). Os seres humanos foram criados por Ele, e a Ele devem o fôlego de vida (Gn 1.26,27; At 17.28). Sendo assim, ninguém possui nada que não haja recebido originalmente do Senhor (Jó 1.21; Jo 3.27; 1Co 4.7). Nas leis sobre o dízimo, Deus estava simplesmente ordenando que os seus lhe devolvessem parte daquilo que Ele já lhes tinha dado.
(3) Além dos dízimos, os israelitas eram instruídos a trazer numerosas oferendas ao Senhor, principalmente na forma de sacrifícios. Levítico descreve várias oferendas rituais: o holocausto (Lv 1; 6.8-13), a oferta de manjares (Lv 2; 6.14-23), a oferta pacífica (Lv 3; 7.11-21), a oferta pelo pecado (Lv 4.1—5.13; 6.24-30), e a oferta pela culpa (Lv 5.14—6.7; 7.1-10).
(4) Além das ofertas prescritas, os israelitas podiam apresentar outras ofertas voluntárias ao Senhor. Algumas destas eram repetidas em tempos determinados (ver Lv 22.18-23; Nm 15.3; Dt 12.6,17), ao passo que outras eram ocasionais. Quando, por exemplo, os israelitas empreenderam a construção do Tabernáculo no monte Sinai, trouxeram liberalmente suas oferendas para a fabricação da tenda e de seus móveis (Ex 35.20-29). Ficaram tão entusiasmados com o empreendimento, que Moisés teve de ordenar-lhes que cessassem as oferendas (Ex 36.3-7). Nos tempos de Joás, o sumo sacerdote Joiada fez um cofre para os israelitas lançarem as ofertas voluntárias a fim de custear os consertos do templo, e todos contribuíram com generosidade (2Rs 12.9,10). Semelhantemente, nos tempos de Ezequias, o povo contribuiu generosamente às obras da reconstrução do templo (2Cr 31.5-19).
(5) Houve ocasiões na história do Antigo Testamento em que o povo de Deus reteve egoisticamente o dinheiro, não repassando os dízimos e ofertas regulares ao Senhor.
Durante a reconstrução do segundo templo, os judeus pareciam mais interessados na construção de suas propriedades, por causa dos lucros imediatos que lhes trariam, do que nos reparos da Casa de Deus que se achava em ruínas. Por causa disto, alertou-lhes Ageu, muitos deles estavam sofrendo reveses financeiros (Ag 1.3-6). Coisa semelhante acontecia nos tempos do profeta Malaquias e, mais uma vez, Deus castigou seu povo por se recusar a trazer-lhe o dízimo (Ml 3.9-12).
A ADMINISTRAÇÃO DO NOSSO DINHEIRO.
Os exemplos dos dízimos e ofertas no Antigo Testamento contêm princípios importantes a respeito da mordomia do dinheiro, que são válidos para os crentes do Novo Testamento.
(1) Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a Deus, de modo que aquilo que temos não é nosso: é algo que nos confiou aos cuidados. Não temos nenhum domínio sobre as nossas posses.
(2) Devemos decidir, pois, de todo o coração, servir a Deus, e não ao dinheiro (Mt 6.19-24; 2Co 8.5). A Bíblia deixa claro que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5).
(3) Nossas contribuições devem ser para a promoção do reino de Deus, especialmente para a obra da igreja local e a disseminação do evangelho pelo mundo (1Co 9.4-14; Fp 4.15-18; 1Tm 5.17,18), para ajudar aos necessitados (Pv 19.17; Gl 2.10; 2Co 8.14; 9.2), para acumular tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35) e para aprender a temer ao Senhor (Dt 14.22,23).
(4) Nossas contribuições devem ser proporcionais à nossa renda. No Antigo Testamento, o dízimo era calculado em uma décima parte. Dar menos que isto era desobediência a Deus. Aliás equivalia a roubá-lo (Ml 3.8-10). Semelhantemente, o Novo Testamento requer que as nossas contribuições sejam proporcionais àquilo que Deus nos tem dado (1Co 16.2; 2Co 8.3,12; ver 2Co 8.2).
(5) Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas, pois assim é ensinado tanto no Antigo Testamento (Ex 25.1,2; 2Cr 24.8-11) quanto no Novo Testamento (ver 2Co 8.1-5,11,12). Não devemos hesitar em contribuir de modo sacrificial (2Co 8:3), pois foi com tal espírito que o Senhor Jesus entregou-se por nós (ver 2Co 8.9 nota). Para Deus, o sacrifício envolvido é muito mais importante do que o valor monetário da dádiva (ver Lc 21.1-4).
(6) Nossas contribuições devem ser dadas com alegria (2Co 9.7). Tanto o exemplo dos israelitas no Antigo Testamento (Êx 35.21-29; 2Cr 24.10) quanto o dos cristãos macedônios do Novo Testamento (2Co 8.1-5) servem-nos de modelos.
(7) Deus tem prometido recompensar-nos de conformidade com o que lhe temos dado (ver Dt 15.4; Ml 3.10-12; Mt 19.21; 1Tm 6.19; ver 2Co 9.6).
EV.VIRGÍLIO NASCIMENTO
IGREJA BATISTA GETSÊMANI
NOVA LIMA - MG

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