terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

EVANGELISMO NO SÉCULO XXI




1 - A GRANDE MISSÃO DE EVANGELIZAR OS PRESÍDIOS:

A população carcerária, em crescente aumento, superlota os presídios e casas de detenções. Falta espaço nas celas, sobra violência nas ruas. Da mesma forma encontram-se as clínicas de recuperação para dependentes químicos, onde a demanda é extremamente maior do que elas podem suportar. Há de ressaltar o envolvimento na recuperação e ressocialização desse público, mas o trabalho desenvolvido, ainda é ínfimo e tímido, e as vezes negligenciado até pela igreja evangélica. De acordo com dados da Internacional Center for Prison Studies (Centro Internacional de Estudos Penitenciários), o Brasil fica em quarto lugar no ranking dos países com a maior população prisional, somente atrás dos Estados Unidos, China e Rússia. O último levantamento, feito este ano pelo Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, mostra que há 419.551 presos no País.

2 - MISSÃO DA IGREJA:

Quando Jesus disse: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15), ele determinou que realmente pregássemos a todas as criaturas, inclusive, aqueles que se encontram nas penitenciarias.
Jesus foi claro ao dizer: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (Marcos 2:17), e que ele não veio “chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento” (Mateus 9:13).
Sabendo que Jesus nos determinou que pregássemos o evangelho a toda a criatura e que “haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7), devemos sim também evangelizar nos presídios.
Aqueles que isto fazem naquele dia escutarão: “estava preso e foste me visitar” (Mateus 25:36), e “sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:40).
O ministério de Jesus consistia em proclamar libertação aos cativos (Luc 4:18). Ele espera que a sua igreja visite os presos. O Senhor Jesus está identificado não apenas com os enfermos, mas também com os presos. É por isso que Ele disse: “Estive na prisão, e fostes ver-me” (Mat 25:36). Então os cristãos perguntarão: “Quando te vimos na prisão, e fomos visitar-te ?” E então responderá Jesus: “Sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mat 25:40). “Deus não nos chamou apenas para ficarmos sentados nos bancos das igrejas, mas também para atuar no social. O Ide de Jesus, é também isso. Os projetos sociais são ferramentas importantes para levar a Palavra de Deus, aos corações daqueles que precisam, de uma forma real. A igreja tem um papel fundamental na vida das pessoas, principalmente de quem está a margem da sociedade, sem perspectiva, sem esperança. A igreja é uma das principais instituições responsáveis pela ressocialização, já que tem a missão de amar o próximo e à Deus. Quando a igreja tam a visão de aproximação, ela está permitindo que o individuo volte, que ele seja resgatado e ressocializado para o meio social em que vive”

3 - COMO EVANGELIZAR OS PRESÍDIOS?

Assim como há normas para visitação nos hospitais, assim também há normas para visitar nos presídios. Os cristãos devem respeitar essas normas. Elas visam à boa ordem nos presídios e à segurança de todos. Infringir tais regulamentos, sob o pretexto de que Deus nos guarda e não permitirá que coisa alguma de mau aconteça é imprudência. Procure saber sobre quantas pessoas podem ir ao presídio, se pode levar instrumentos, se pode cantar, se há um lugar para culto com todos os presos, quanto tempo disponível para tal visita, se pode distribuir literatura, etc.
A evangelização nos presídios deve contar com literatura especial. A literatura usada na evangelização nos hospitais não é a mesma a ser usada nos presídios. Há poucas exceções a esta regra. Isto é, há poucos folhetos que podem ser usados nos dois ambientes distintos. Portanto, leia o material a ser distribuído nos presídios, e certifique-se se tal material é o mais indicado.
Cuidados com os textos bíblicos a serem usados. Cuidado para não apontar o dedo acusador. Não use a Bíblia ou Deus como uma arma ou um juiz implacável contra os pecadores. Lembre-se que nós todos somos pecadores. Não são pecadores apenas aqueles que estão nos presídios. Em sua fala nos presídios, procure sempre incluir-se entre os pecadores, entre os que necessitam do amor de Deus.

4 – CONCLUSÃO:

Ao evangelizar nos presídios, o cristão deve ter como alvo levar a pessoa à conversão e ao serviço a Deus, pelo poder do Espírito Santo, através da comunicação do evangelho.
Procure observar os regulamentos do presídio. Não se coloque na posição de juiz nem de advogado dos presos. Você é um arauto de Deus. Você está ali como um pregador das boas-novas. Faça isso. Compartilhe o amor e o perdão de Deus para com os homens.

Extraído do texto de: Eliane Lopes da Rocha Campos (assistente social).

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